A água com gás é uma escolha popular para muitos que buscam uma experiência sensorial diferente ao consumir água. O som das bolhas e a sensação refrescante no paladar são atrativos, mas surgem dúvidas sobre seus benefícios e possíveis malefícios à saúde.
De acordo com especialistas, a água com gás possui o mesmo valor nutricional que a água sem gás. A nutricionista Mônica Beyruti, da Abeso, afirma que, embora não ofereça vantagens nutricionais adicionais, pode ser uma alternativa para aqueles que não têm o hábito de beber água pura, especialmente quando combinada com frutas.
O consumo excessivo de água gaseificada pode causar irritação na mucosa do esôfago e do estômago, segundo a gastroenterologista Vanessa Prado. Para pessoas com refluxo, o gás pode agravar os sintomas, fermentando no estômago e dificultando a digestão. A recomendação é limitar o consumo a 300 ml duas vezes por semana.
Embora a água com gás possa causar uma sensação de estufamento, a impressão de saciedade é comum a qualquer líquido. Muitas vezes, confundimos sede com fome, o que pode levar à falsa percepção de que a água gaseificada é mais saciante.
O dióxido de carbono na água com gás se transforma em ácido carbônico ao entrar em contato com a saliva, o que pode afetar o pH da boca e aumentar o risco de sensibilidade dentária. A dentista Andrea Anido sugere que o consumo moderado e próximo às refeições pode minimizar esses efeitos.
A água com gás é frequentemente utilizada para “limpar o paladar” antes de degustações de café e vinho. A sensação de adstringência proporcionada pelas bolhas pode fazer com que essas bebidas pareçam mais suaves, mas esse efeito é mais perceptível após o segundo gole.
A água com gás pode ser uma opção agradável e uma alternativa para quem busca variar o consumo de líquidos. No entanto, é importante moderar a ingestão para evitar possíveis irritações no sistema digestivo e impactos nos dentes. Como sempre, o equilíbrio é a chave para aproveitar os benefícios sem comprometer a saúde.